A cada 15 segundos uma criança morre de doenças relacionadas á falta de água potável. Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), referente pesquisas de saneamento e de condições de higiene no mundo. Já em um ano, 3,5 milhões de pessoas, sejam crianças ou adultos, morrem por problemas relacionados ao fornecimento inadequado de água, também à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene.
Os órgãos das Nações Unidas revelam que o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento – em banhos, cozinha ou limpeza doméstica – vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.
Doenças relacionadas á falta de água potável. Em outra pesquisa, foi levantada o Ranking do Saneamento nas 100 maiores cidades do Brasil, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, os investimentos, os avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira). Por fim, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, nas cidades analisadas, quase 8 bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento.
O estudo mostrou também a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo com o levantamento, no ano de 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas, os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreias. Nas dez piores cidades em internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.
Um em cada três habitantes deste planeta – 2,4 mil milhões – vive ainda sem saneamento básico. O fenómeno é assustador, e a falta de progressos neste campo ameaça a população mundial, adverte o estudo da UNICEF e da World Health Organization.
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